domingo, 6 de setembro de 2009

[FILME] Os Normais 2



Ficha Técnica:
Título Original: Os Normais 2
Gênero: Comédia
Tempo de Duração:
Ano de Lançamento (Brasil): 2009
Site Oficial:
www.osnormais2.com.br
Direção: José Alvarenga Jr.
Elenco:
Roteiro: Fernanda Young, Alexandre Machado
Produção:
Música:
Fotografia: Tuca Moraes
Desenho de Produção:
Cor: Colorido
Classificação:
Estúdio: Globo Filmes

Lembram-se da série da televisão? Tem saudades dela? Se responder positivamente a essas duas perguntas, pode ir conferir o filme. Os Normais 2 é um filme muito bom e muito engraçado. Rui e Vani mais uma vez estão ótimos. As piadas da série televisiva estão lá, cada uma em seu lugar, intocáveis. É possível rir muito assistindo a este filme. O filme consiste na busca de Rui e Vani por uma maneira de incrementar a relação. Nessa busca, eles passam por situações hilárias e cômicas. Definitivamente cômico! Rui e Vani são personagens muito interessantes. É como se fosse um episódio da série de longa duração. As cenas foram bem realizadas e o humor marca a presença em todas. Um filme muito legal. Não posso contar mais do filme porque senão conto a história toda. E vale a pena ir no cinema para ver um filme assim!

L. C. D. M. F. Boechat

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Maneiro é ser reconhecido!

Hoje o parceiro Gabriel Kassab da Banca do Zé indicou o ...Só um segundinho ao selo "Olha que Blog Maneiro".



Valeu Gabriel, pela indicação!

REGRAS (não são minhas, repasso como as recebi).

1. EXIBA A IMAGEM DO SELO "OLHA QUE BLOG MANEIRO"
2. POSTE O LINK QUE TE INDICOU
3. INDIQUE PESSOAS DE SUA PREFERÊNCIA
4. AVISE SEUS INDICADOS
5. PUBLIQUE AS REGRAS
6. CONFIRA SE OS BLOGS INDICADOS REPASSARAM OS SELOS E AS REGRAS

Blogs que indico (em ordem alfabética):
Banca do Zé
Pensar Enlouquece
Sem Pauta


xD
T. Horta

domingo, 30 de agosto de 2009

Mais lirismo (desta vez, pobre, fosco e bruto)

Enfim apresento aqui a postagem estimulada pelo texto de Álvaro de Campos. Como não podia deixar de ser, trata-se de mais um texto lapidado em estrofes e versos. Só não esperem que eu tenha habilidade em lapidar versos assim como Fernando Pessoa. E além de ser pobre, fosco e bruto, o texto não tem título e talvez não esteja acabado.



Hoje também deparo-me com uma rua precisamente real,
Através de uma janela insignificante, dentro de um quarto fechado,
Percebendo tudo com sentidos não-confiáveis
E pensando em tudo com uma mente entorpecida
Pela razão e pelo delírio.

Contudo, não me sinto (como tu)
Derrotado, com os pés e as mãos atadas,
Incompreendido e incompreensível,
Gênio das descobertas ocultas, filósofo de segredos,
Conquistador do nada.

Sinto apenas um tédio diante das coisas.
Inventam tanta fórmula, tanto método, tanta ciência.
Industrializam (até) o abstrato.
Gastam tanto o tempo com objetivos práticos e racionais
Que mais nada é feito com real valor,
Com real vontade ou real beleza.

Não vejo brio nos homens, nem em mim.
Vejo apenas almas e mentes pobres e encolhidas.

De repente, sem pensar, querer ou sentir
Abro a janela do quarto.
O vento, então tímido, circula suave,
A poeira, tão leve, começa a remover
E sinais de todas as frequências são captados.

Sem me dar conta, a janela,
Antes tão emperrada quanto Excalibur,
Agora está escancarada e a brisa vira redemoinho.
E o universo reconstruiu-se-me simples e nu.
As coisas práticas, o tédio e a pobreza d'alma
Tornaram-se apenas irritante ruído.

Respiro-me novo e consciente,
Com uma idéia fixa e concreta,
Ocupando a mente, ardendo o peito.
E assim, ainda que tarde, desperto-me para mim
E para ti

L. C. D. M. F. Boechat

sábado, 29 de agosto de 2009

Lirismo para sábado de manhã

Apenas apresento aqui um poema de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa. Um excelente texto que servirá de mote para uma postagem futura. Espero que aproveitem!

      TABACARIA

    Não sou nada.
    Nunca serei nada.
    Não posso querer ser nada.
    À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

    Janelas do meu quarto,
    Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
    (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
    Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
    Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
    Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
    Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
    Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
    Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

    Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
    Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
    E não tivesse mais irmandade com as coisas
    Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
    A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
    De dentro da minha cabeça,
    E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

    Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
    Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
    À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
    E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

    Falhei em tudo.
    Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
    A aprendizagem que me deram,
    Desci dela pela janela das traseiras da casa.
    Fui até ao campo com grandes propósitos.
    Mas lá encontrei só ervas e árvores,
    E quando havia gente era igual à outra.
    Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?

    Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
    Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
    E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
    Gênio? Neste momento
    Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
    E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
    Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
    Não, não creio em mim.
    Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
    Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
    Não, nem em mim...
    Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
    Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
    Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
    Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
    E quem sabe se realizáveis,
    Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
    O mundo é para quem nasce para o conquistar
    E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
    Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
    Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
    Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
    Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
    Ainda que não more nela;
    Serei sempre o que não nasceu para isso;
    Serei sempre só o que tinha qualidades;
    Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
    E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
    E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
    Crer em mim? Não, nem em nada.
    Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
    O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
    E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
    Escravos cardíacos das estrelas,
    Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
    Mas acordamos e ele é opaco,
    Levantamo-nos e ele é alheio,
    Saímos de casa e ele é a terra inteira,
    Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

    (Come chocolates, pequena;
    Come chocolates!
    Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
    Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
    Come, pequena suja, come!
    Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
    Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
    Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

    Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
    A caligrafia rápida destes versos,
    Pórtico partido para o Impossível.
    Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
    Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
    A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
    E fico em casa sem camisa.

    (Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
    Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
    Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
    Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
    Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
    Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
    Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
    Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
    Meu coração é um balde despejado.
    Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
    A mim mesmo e não encontro nada.
    Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
    Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
    Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
    Vejo os cães que também existem,
    E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
    E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

    Vivi, estudei, amei e até cri,
    E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
    Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
    E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
    (Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
    Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
    E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente

    Fiz de mim o que não soube
    E o que podia fazer de mim não o fiz.
    O dominó que vesti era errado.
    Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
    Quando quis tirar a máscara,
    Estava pegada à cara.
    Quando a tirei e me vi ao espelho,
    Já tinha envelhecido.
    Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
    Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
    Como um cão tolerado pela gerência
    Por ser inofensivo
    E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

    Essência musical dos meus versos inúteis,
    Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
    E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
    Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
    Como um tapete em que um bêbado tropeça
    Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

    Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
    Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
    E com o desconforto da alma mal-entendendo.
    Ele morrerá e eu morrerei.
    Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
    A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
    Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
    E a língua em que foram escritos os versos.
    Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
    Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
    Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

    Sempre uma coisa defronte da outra,
    Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
    Sempre o impossível tão estúpido como o real,
    Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
    Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

    Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
    E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
    Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
    E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

    Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
    E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
    Sigo o fumo como uma rota própria,
    E gozo, num momento sensitivo e competente,
    A libertação de todas as especulações
    E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

    Depois deito-me para trás na cadeira
    E continuo fumando.
    Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

    (Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
    Talvez fosse feliz.)
    Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
    O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
    Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
    (O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
    Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
    Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
    Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.

    Álvaro de Campos, 15-1-1928

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Mussum Forévis!

Tem alguém aí que não conhece o Mussum? É mêmis? Cacildes!!!

Por força do destino, enquanto navegava no Youtube, acabei assistindo vídeos dessa emblemática personagem que é o Mussum. E percebi que Mussum não foi apenas um humorista, uma figurinha famosa. Mussum é uma entidade cultural! Suas raízes musicais no samba, (sim, Mussum foi músico: vide Originais do Samba) seu jeito malandro e sua fala peculiar com certeza formam uma das múltiplas faces do povo brasileiro, marcando a originalidade e a inventividade deste.

Um pequeno tributis!





Agradecimentos aos responsáveis pela divulgação do vídeo.


L. C. D. M. F. Boechat

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Nostalgia, Música e Voz

Mais um da saga: "O que você é capaz de fazer com sua voz e alguns instrumentos?", post pra descontrair e aproveitar pra apresentar e divulgar mais um vídeo de um pessoal que manda muito bem!
É um pouco nostálgico. Pra quem gosta de uma boa velharia (como eu), um prato cheio!
Aposto que você vai assobiar junto com a música! rs

Confiram também no site: Ukulele Orchestra of Great Britain e assistam "Wuthering Heights".



Ah... Vale a pena assistir de novo aquele grupo que faz tudo com a voz que postei aqui um tempo atrás: The Voca People

E o vídeo é só pra manter atualizado mesmo. Logo logo volto com uma postagem mais alto nível. rsrs.

xD
T. Horta

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Coluna Musical - Rock Rural

O título não está errado. Pode ler de novo para confirmar. Há coisas na música brasileira que nem os mais sonhadores conseguiriam prever.

A coluna musical trata hoje do som idealizado por Sá, Rodrix & Guarabyra, três artistas que resolveram formar um grupo em 1971 e apresentar parte do universo sertanejo para o Brasil, cultura que era marginalizada até o momento.

Luís Carlos Pereira de Sá e Guttemberg Guarabyra eram artistas solo, ja haviam participado de festivais (eventos musicais muito comuns na década) e composto músicas de sucesso. Zé Rodrix era integrante do grupo Som Imaginário, que é assunto interessante para uma outra coluna musical, e também já havia participado de festivais. Juntos, gravaram dois discos, "Passado, Presente e Futuro" e "Terra", e participaram de coletâneas e festivais.

Do repertório do trio, constam muitas canções que marcaram época. Uma das mais famosas, "Casa no Campo", tornou-se sucesso na voz de Elis Regina e, por causa de um trecho da sua letra, originou a expressão rock rural, usada para identificar o peculiar estilo do trio.



Além das influências do rock e do sertanejo, a música de Sá, Rodrix & Guarabyra apresenta muitos elementos herdados do blues, do folk e do country. A linguagem empregada nas letras é marcada pelo cenário do campo e da estrada, sempre empregado muito lirismo e abordando uma vida livre. Por conta desses fatores, o movimento hippie no Brasil adotou muitas canções do grupo como trilha sonora.



São canções de destaque: "Casa no Campo", "Hoje ainda é dia de rock", "A Primeira Canção da Estrada", "Mestre Jonas", "Cumpadre Meu", "Pindurado no Vapor", "Ama Teu Vizinho" e "Os Anos 60".

Por conta dessa mistura entre um som que se tornou urbano, o rock, com a temática sertaneja, o trio criou raízes na cultura dos dois ambientes e abriu caminho para que a cultura sertaneja tivesse maior importância.



O grupo se separou em 1973. Zé Rodrix seguiu uma carreira de sucesso como publicitário, compondo jingles, e como produtor cultural, deixando suas atividades de cantor em segundo relevo. Sá e Guarabyra formaram uma dupla de muito sucesso cantando belos temas, em destaque a canção "Sobradinho".

Os três ainda se reuniram para a gravação de um disco e de um DVD, "Outra Vez na Estrada", em 2001. Nesse trabalho, há algumas composições novas mescladas com sucessos antigos.

Definitivamente, o trabalho desses artistas é um marco na música brasileira. Um trabalho que deve ser apreciado sempre por causa de sua qualidade e originalidade. Para encerrar a postagem, a música que talvez seja a mais bela de todas.



Agradecimentos às pessoas que disponibilizaram os vídeos na internet.

L. C. D. M. F. Boechat


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

I'm sorry ou Férias 2.0



Após um longo sumiço, retorno a este blog com pedidos humildes de desculpas pela longa ausência, deixando este espaço ao léu, como um menor abandonado. Nesse período, misturaram-se minhas idéias, fugiram minhas palavras e me senti incapaz de produzir um texto decente. Ficou claro e evidente que era melhor reorganizar as idéias e depois retornar de forma leve.

Nesse período, experimentei intensamente o ócio e percebi sua importância para a boa qualidade de vida. Particularmente, sou uma pessoa que gosta de participar e produzir algo. Acredito que sempre temos que procurar algo para fazer, seja viajar, estudar algum assunto interessante, buscar novos relacionamentos, aprender um idioma, tocar algum instrumento... Se há uma coisa detestável é a estagnação. Mas ela se torna necessária quando a atividade é muita e a energia é pouca.

O cotidiano hoje é vivido de forma tão prática e objetiva, visando sempre produtividade, quebra de recordes, alcance de metas, que as pessoas esquecem da importância de se desligar, esquecer de si, deixar rolar. Junto a isso, surgem aquelas matérias de revistas e televisão falando sobre o alto nível de estresse da sociedade, as pessoas lamuriam eternamente a falta de tempo, todos ficam mais nervosos e o cotidiano segue como uma panela de pressão. Mas nada é feito para mudar o ritmo e encontrar alternativas para melhorar a qualidade de vida.

Por isso, reitero o post anterior e suplico: agradeça os períodos mais improdutivos, as tardes calmas e modorrentas, os filmes de entretenimento barato e as músicas preguiçosas. São bens caros e raros. Só tome cuidado para o estado stand by não se tornar OFF.




L. C. D. M. F. Boechat

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Férias


Com as férias mais longas por motivo de saúde pública(a tal gripe suína ou gripe A, H1N1, seja lá qual for o nome queiram dar pra tal gripe), até deu tempo de escrever sobre o assunto FÉRIAS!

Nossa, nada é mais desejado por quem trabalha ou estuda do que as merecidas férias. Apesar da idéia fixa: "preciso de férias, pelo amor de Deus" que assombra a cabeça de todo mundo quando o 'bicho pega', é recorrente pensar que as férias estão um tédio sempre acontece depois de um tempinho fazendo NADA.
Mas peraê, esse "fazer nada" é relativo.

Fico lembrando de quando era criança e tinha a temerosa redação de férias logo no primeiro dia de aula, fazer nada era o terror nas férias. Imagina só entregar a redação de volta às aulas desse jeito: "Não fiz nada nas férias". Chato né? Se é pra você que tá lendo, imagina pra uma criança de uns 10 anos que escreve isso e ainda é atormentado quanto a professora resolve pedir pra todo mundo ler a redação em frente a turma? Legal, né? Mas dá pra olhar pra situação com os olhos um pouco diferentes. Fazer nada, num é de tudo chato. Tá, vai lá, não que minha opinião vá mudar algo, mas ao menos eu passei a achar graça no "Não fiz nada nas férias".

Dormir tarde, dormir muito, acordar tarde, comer muito, muita Internet e jogos, novela, filme, desenho animado, livros inúteis, jogar conversa fora com os pais, sair pra papear com os amigos sem preocupação com nada, dançar, ouvir música, cinema, teatro, se meter a mestre cuca e resolver cozinhar no meio da madrugada, dar umas risadas sozinho lembrando de algo bobo que você tinha atropelado na correria do dia-a-dia. Tá, você não viajou, não foi NAQUELA festa, não conheceu gente nova, não "bombou", não fez aquele curso que estava planejando, não tirou carteira de motorista, não arrumou um namorado, não renovou o guarda-roupa, não fez aquele check-up médico prometido, não fez aquele regime, não estudou ou adiantou aquele serviço bravo que vai ter que enfrentar no retorno. Mas vai falar que você não fez NADA? No fim das contas, alguns dias fazendo esse nada aí te renovam pra enfrentar o resto do ano inteiro. Não tá convencido? Então porquê será que apesar de tudo, todo ano você suplica por férias, mesmo sabendo que não vai fazer nada? Ai ai subconsciente inteligente esse nosso!

É, talvez no balanço geral, minhas redações de volta às aulas me ensinaram algo ao longo dos anos. Fazer nada é muito! Aprendi isso tão bem que ontem assisti "Todo Mundo Em Pânico 4" na TV e hoje devorei um livro da qual não vou aproveitar nadinha além de algumas horas de puro entretenimento (Mentirinhas Inocentes - Gemma Townley).
E quer saber, vou aproveitar esses dias a mais pra fazer mais um "pouquinho de nada". Alguém aí quer experimentar um café da tarde preparado pela chefe de cozinha Thamyris Horta?

xD
T.Horta


terça-feira, 28 de julho de 2009

E quando as máquinas superarem os humanos em inteligência?

Esse post é uma exposição bem superficial sobre um assunto muito discutido atualmente: o avanço da inteligência artificial. A ideia, na verdade, é aproveitar a ideia que um amigo (Itumirim) me deu e colocar o assunto em debate. O sucesso depende de você que está lendo. Participe deixando seu comentário.

O início da utilização de máquinas como ajuda ou até mesmo em substituição a mão de obra humana se dá desde antes da 1ª revolução industrial. Não dá pra precisar exatamente o motivo da crescente industrialização, mas pode-se dizer que o crescimento e desenvolvimento de tecnologias com essa finalidade aumenta exponencialmente e começa a preocupar.

Recentemente a globo publicou uma matéria a respeito do assunto: Cientistas temem que máquinas superem humanos em inteligência
E outras revistas especializadas também iniciaram alguns debates sobre o assunto.

Como base pra essa discussão (espero que tenha resultado) indico dois filmes que são batidos e conhecidos da maioria das pessoas, mas nem por isso deixam de ser importantes inclusive para ajudar na construção de opinião sobre o assunto. Além de serem ótimos filmes. O primeiro uma produção simples, mas nem por isso pior do que a segunda, que tem uma produção mas requintada além de ser do tipo de filme "me ame ou me odeie" que ganha amantes ou críticos ferrenhos:

'Tempos Modernos' e '2001 Uma Odisseia No Espaço'

Tá aí uma introdução sobre o assunto. E agora, o que vocês acham? O avanço da inteligência das máquinas deve diminuir? Devemos repensar até onde isso deve chegar? E ainda, qual o papel dessa tecnologia na construção da nova sociedade (a das crianças)?

creditos da idéia: Marcos Paulo Coelho
xD
T. Horta

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Quadrinhos

Hoje é dia de falar de quadrinhos! O clima de férias me lembrou a época, como se eu não fizesse isso até hoje, em que eu passava horas lendo as histórias mágicas da "Turma da Mônica" ou os famosos quadrinhos dos heróis da Marvel.
Existem quadrinhos de todos os jeitos, todo tipo de história, e ainda, de todos os estilos. Os cartuns e tiras são os tipos de quadrinhos que melhor se firmaram no Brasil. Com bom homor e sarcasmo, odemos dizer, inclusive, que as tiras brasileiras, alcançaram um lugar de status mundial com a irreverência e o caráter de denúncia/reivindicação a que se prestam.

Clique na imagem pra ampliar

Outro sucesso dentre os quadrinhos brasileiros, esses principalmente com o público infantil são as histórias de Maurício de Souza. Mônica, Magali, Cascão, Cebolinha e cia conquistaram uma época e encantaram ao mesmo tempo que davam lições importantes pra turminha jovem da época.


Atualmente, a "Turma da Mônica" já não faz aquele sucesso que fazia na década de 90. Os jovens de hoje são fãs das histórias dos desenhos japoneses, os famosos mangás.


Da nova era dos quadrinhos, dou destaque a um outro estilo da qual sou fã incondicional. Nascida nos anos 90, a grande editora de super-heróis Marvel conquistou milhares de fãs em todo mundo e deu início a uma trilha de sucesso que se estende até hoje.
O estilo dos quadrinhos da Marvel é indiscutivelmente cativante. Além do que, falar de super-heróis é ter garantia de boa aceitação de público.
Wolverine (com os X-Men), Homem-Aranha, Huck, Capitão América, Homem de Ferro dentre outros, são personagens cativantes e com storylines bem feitas, criando um público fiel e intrigado.
Vou aproveitar que tô falando de quadrinhos e inserir aqui um grande elogio aos desenhistas, eles são incríveis! Falei sobre cartazes de filmes no meu post anterior e vou colocar aqui pra vocês outros cartazes, mas esses são capas de alguns quadrinhos da Marvel. Dá pra acreditar no que esses caras são capazes de fazer?

Clique na imagem pra ampliar (vale a pena)

Se quiserem ver mais algumas: tem uma lista de 70 AQUI

Ah, agora vou ler quadrinhos, rsrs! Chega de blog por hoje.

xD
T.Horta

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Qual homem queria ser James Bond?

Talvez quem ler este título possa estranhar a razão de perguntar quem gostaria de viver a história de tal personagem ao invés de indagar "qual homem não queria ser James Bond?". Realmente é muito estranho, afinal muitos dos sonhos mais fúteis, prazerosos e surreais que um homem pode ter são cotidiano para o famoso agente: ter a companhia de belas mulheres, dirigir carros fantásticos, viajar incessantemente, aventuras, etc. Mas há um detalhe sempre relevado: o custo de vida da personagem.


Lembre-se que Bond trabalha dia e noite em um ambiente de risco e tensão, não tem amigos, seus amores são passageiros, sua identidade é falsa e sua consciência deve lidar com mortes e assassinatos diariamente. Contrapondo com o fato de que muitos não toleram trabalhar por longos períodos, não suportam pressão e riscos em demasia, não vivem sem amigos e etc., torna-se possível perceber que Bond é uma personagem sem moral, valores e afeto.



E que mesmo assim, ainda é capaz de ‘salvar’ o mundo, ou, pelo menos, a parte britânica dele. Por isso, questiona-se: qual homem queria ser James Bond? Indo mais além: qual homem teria capacidade de ser James Bond?




quinta-feira, 16 de julho de 2009

Nada como uma boa propaganda ...

Novamente o cinema é assunto do "... Só um segundinho". Desta vez, não é pra falar dos filmes em si, mas de um dos seus instrumentos de divulgação: os posters. Os cartazes promocionais são capazes de levar milhares ao cinema para assistir um filme mediano, ou ainda, ajudar a consagrar as grandes obras e promover o sucesso de bilheteria.
Não é fácil fazer um bom poster. Ele precisa reunir em um pequeno espaço e somente com recursos visuais, uma síntese do que está por vir de maneira intrigante, chocante e inesperada para agradar os críticos e as pessoas comuns (maior alvo do marketing). Não são muitos os filmes que conseguiram impressionar com seus cartazes publicitários. Existe uma lista circulando na Internet com os 100 melhores posters de todos os tempos. Escolhi alguns pra colocar aqui e, só pra constar, a qualidade do filme tem nada haver com a apresentação a seguir, apenas a capacidade dos designers dessas grandes obras. Apreciem:


1º - Batman The Dark Knigth




Tá aí meu primeiro escolhido. Fala sério, quem não teve ao menos curiosidade de assistir o filme depois de ver o poster ao lado? Além desses, outros cartazes do mesmo filme contribuiram para o grande sucesso de bilheteria.




2º - Titanic


Outro grande sucesso da telona é Titanic. O filme levou milhares de pessoas ao cinema e segurou eles lá por um tempo considerado grande. Ótimo serviço dos autores do cartaz ao lado. Simples, limpo, bonito. Encheu os olhos dos românticos apaixonados do mundo inteiro.







3º - A.I.




A.I. (Inteligência Artificial). O poster já carrega em si o peso do garoto para o filme. Outro grande cartaz, outro grande filme.






Esses três são ótimos filmes com grandes cartazes. Abaixo mais alguns cartazes pros curiosos procurarem sobre os filmes.



Créditos: http://www.tccandler.com/columns/100_greatest_movie_posters.htm

xD
T. Horta

sexta-feira, 10 de julho de 2009

reflexo...

Gostaria de compartilhar com todos vocês uma curta poesia de Bertold Brecht, um poeta alemão.
Dedico estes versos a todos aqueles que lutam, seja lá qual o motivo, qual o resultado.

Os que lutam
(Bertold Brecht)

Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis






Agradecimentos ao autor do vídeo no Youtube.




Ass.: L. C. D. M. F. Boechat



terça-feira, 7 de julho de 2009

Antes tarde do que nunca ...

Um título ambíguo para um post que vai provocar diferentes impactos em cada leitor. Antes tarde do que nunca, depois da "folga" para os autores salvarem seus pescoços da decapitação do final de semestre, venho tirar as teias do blog. Antes tarde do que nunca também, o reconhecimento do mundo ao maior ícone da música POP dos últimos anos.
Morreu em 25 de Junho de 2009, Michael Joseph Jackson "O Rei do POP".
Para muitos, mais um grande estardalhaço em torno da morte de um artista famoso. Para milhões, um vazio imenso, um "silêncio ensurdecedor".
É aqui que eu me posiciono sobre o assunto e aqui talvez que muitos parem de ler o texto. Michael Jackson não era unanime, não era normal. Mas, desde quando gênios são comuns? Para revolucionar a maneira de 'escutar' música, para infuenciar toda uma geração, ele não podia ser normal, não podia ser menos que gênio!

Ele tornou sucesso a idéia de contar histórias enquanto cantava. Thriller foi a prova de que dava certo misturar vídeo, música e teatro. Os zumbis de Los Angeles contagiaram milhões e fizeram do álbum, o recordista de vendagens, recorde esse que não será batido nos dias atuais.

Agora é a hora que aparece aquele que adora ser do contra: "Tá, e daí? Cantar até eu canto, se tivesse oportunidade faria tanto sucesso quanto ele!". Ok, você canta, agora vai me dizer que você nunca tentou dançar ao estilo moonwalk (sem sucesso provavelmente). Nunca deu gritinhos, mexeu os quadris e estalou os dedos enquanto marcava o compasso de uma música. Nunca assistiu a um clip na MTV e se perguntou porque essa emissora de origem recista passou de uma hora pra outra a tocar músicas de negros. Nunca escutou Thriller e imitou os passos da coreografia no quarto. Nunca tentou fazer 30º com o chão se sentindo num cabaré (pra que não se lembra, esse é o clip de Smooth Criminal). Nunca escutou a Solange do BBB cantar "iarrrrnuouuu iarnistilverrr" em 'ingréis' e se lembrou da campanha USA For Africa (se vc não sabe, essa música é desse cara aí que você já não aguenta mais ouvir falar da morte.).

Tá, mas esses do contra, eu não consigo convencer. E ainda, vou dispensar falar aqui de pedofilia, loucura, racismo, assuntos recorrentes quando o tema é Michael Jackson, por um simples motivo: Não se constrói a imagem de uma pessoa baseada em possíveis erros, fatos isolados, soltos. Ou você vai querer que depois de sua morte lembrem de você pelas suas falhas?
Eu poderia escrever mais algumas páginas sobre o Rei do POP, mas nada do que já não tenha sido dito, redito, e mostrado.

Hoje foi o enterro e o show Tributo a Michael. Milhares de presentes: familiares, cantores, atores, amigos, fãs. Um singelo e emocionante adeus. Como já escrevi num post anterior deste mesmo blog, imagens valem mais que mil palavras:



E pra finalizar, segue a música preferida do 'Moonwalker' - Smile. A mensagem do garoto que vivia rindo, que era fã de Peter Pan, queria viver pra sempre, e acabou indo cedo demais:

Smile

Charles Chaplin

Composição: Charles Chaplin

Smile,
Tough your heart is aching
Smile,
Even though it's breaking,
When there are clouds in the sky, you'll get by
If you smile
Through your fears and sorrow, smile
And maybe tomorrow
You'll see the sun come shining through for you.
Light up your face with gladness,
Hide ev'ry trace of sadness,
Altho' a tear may be ever so near,
That's the time you must keep on trying,
Smile,
What's the use of crying,
You'll find that life is still worhwhile,
If you just smile.


E mais alguns vídeos:
Gone Too Soon
Ben
They Don't Care About Us (esse é de arrepiar a cada batida da percusão)

Leia também: 7 lições que podemos aprender com Michael Jackson
créditos: Imperator's Blog


xD
T. Horta

sexta-feira, 26 de junho de 2009

[FILME] O Poder de Um Jovem

A Copa das Confederações, em realização na África do Sul, tem se mostrado uma ótima oportunidade para observarmos um povo maravilhoso, que luta para apagar as heranças do passado, mas, ao mesmo tempo, não deixa o mundo esquecer o poder devastador da segregação. As cenas hoje transmitidas me fizeram lembrar deste filme, que retrata uma triste época, sem vuvuzelas, sem canto, sem dança, sem esperança.


Ficha Técnica:
Título Original: The Power of One
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 127 minutos
Ano de Lançamento (EUA / Inglaterra): 1992
Direção: John G. Avildsen
Roteiro: Robert Mark Kamen, baseado em livro homônimo de Bryce Courtenay
Mais informações: IMDB - The Power Of One (1992)

O cenário é a África do Sul dos anos 1940. O regime de segregação racial estava se fortalecendo cada vez mais graças ao poder político do grupo afrikaner, composto por brancos descendentes de europeus. Fora do país, a Segunda Grande Guerra abalava o mundo inteiro e muitos eram contaminados pelas idéias nazistas.

Longe disso tudo, Peekay, um garoto branco descendente de ingleses, mora numa fazenda junto com sua mãe e criados negros, sem conhecer o preconceito racial, aprendendo a respeitar a tradição dos negros. Quando sua mãe decide que ele deve estudar em um colégio interno, que tem uma esmagadora maioria de afrikaners, Peekay começa a sofre perseguição de garotos mais velhos e conhece, desde cedo, as mazelas do preconceito.

Daí, sua vida começa a ter uma série de reviravoltas: sua mãe morre, vai morar com o avô, é educado por um refinado e intelectual professor alemão, conhece a vida dos negros presos em uma cadeia por causa do abuso de poder dos brancos, etc. E todos estes fatos têm sempre relação com o abuso de poder, a injustiça, o preconceito, fazendo com que Peekay se torne um homem inspirado a mudar o mundo, enfrentando todas as barreiras possíveis.

É um filme antigo, do tempo do VHS, mas bastante valioso. Contém cenas muito marcantes, textos muito bonitos, agregados à bela paisagem africana e a uma trilha sonora de arrepiar. Alguns podem criticar que há um romantismo ou um heroísmo exagerado no filme. Contudo, não acredito que isso prejudique. Pelo contrário, o modo como a história é contada, o espectador se sente motivado a mudar o mundo. É um filme extremamente inspirador!

L. C. D. M. F. Boechat

Uma prévia pra vocês:



E ainda,